Neste ano de 2020 estamos enfrentando uma nova realidade. Um desafio sanitário global vem mudando as relações entre as pessoas em função do distanciamento social.
Nos grandes centros urbanos, onde as aglomerações eram rotineiras, podemos perceber uma gradual adaptação a nova maneira de trabalhar e se relacionar. Empresas de diversos setores buscaram soluções de trabalho mantendo boa parte de seus funcionários em casa.
No campo, porém, a rotina de trabalho continua praticamente a mesma com a exceção de algum olhar desconfiado para alguém que esteja chegando da cidade. No entanto, a rotina de comercialização vem sofrendo mudanças importantes com esta nova realidade imposta pela pandemia. Os leilões passaram a ocorrerem formato virtual e de maneira mais generalizada do que anteriormente, se estendendo a todos os seguimentos da pecuária. O contato com as empresas de insumos passou a ter menos frequência presencial e mais contato telefônico e por aplicativos de mensagens. As vendas pelas redes sociais e por aplicativos também foram alavancadas neste período.
Outra grande mudança é que eventos técnicos e comerciais estão tomando formato virtual. As famosas “lives” deixaram de ser coisa da cidade e se tornaram um espaço importante para discussão e aprendizado da nossa pecuária.
Ao analisarmos tudo isto, percebemos que a mudança não foi tecnológica, pois, praticamente toda a tecnologia que estamos utilizando já estava presente no mundo pré-pandemia. Na verdade, estamos passando por uma grande mudança cultural, que mesmo sendo forçada, certamente deixará um legado importante de dinamismo em nossos negócios e principalmente aumentando o fluxo de informação entre todos os membros da produção pecuária.
Temos a certeza de que este momento logo vai passar e sabemos da importância das relações de “olho no olho”, principalmente no setor primário,porém, podemos afirmar, com a mesma certeza, que poderemos usufruir deste legado de avanço nas comunicações virtuais, ainda que nada substitua o cheirinho de pastel frito na hora de um bom remate.
Carolina Balbé de Oliveira de Souza
Revista PecuariaSul
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