Mercado Aquecido! Estamos vivendo um momento de mercado pecuário muito aquecido. Preços altos estão sendo praticados em todo o Brasil quando comparados aos preços praticados no mesmo período do ano passado. Não deveríamos estar em crise? Pandemia? Recessão?
De fato, não podemos ignorar os efeitos da pandemia que ainda não terminou e que ainda deve gerar efeitos econômicos difíceis de serem medidos neste momento. É certo também que o agronegócio brasileiro está completamente descolado de qualquer efeito de recessão neste momento, inclusive vem mostrando significativo crescimento do PIB específico.
Ao olharmos especificamente para a pecuária, podemos notar que a forte valorização dos últimos meses está sendo sustentada pelas exportações de carne e de bovinos vivos do Brasil. Neste ano de 2020 devemos aumentar as exportações de carne bovina em pelo menos 10% em relação a 2019 embalados pela valorização do dólar e da forte competitividade em termos de custos do nosso sistema produtivo quando comparados aos sistemas americano e australiano, por exemplo.
Até quando? Sabemos que o mercado pecuário brasileiro é acostumado com os efeitos sazonais e de ciclos de valorização de cria e terminação e, por isto, acostumado as consequentes oscilações de preço. Porém, ao olharmos para o futuro é possível trabalharmos com certo otimismo. Acompanhe:
Curto Prazo: A recessão econômica internacional tem aumentado a importância de competidores como o Brasil, que produz carne de menor custo. Ao mesmo tempo, a valorização do dólar tem deixado nossas exportações ainda mais competitivas.
Médio Prazo: A política econômica brasileira tem demonstrado sucesso ao manter juros baixos e dólar alto. Os juros baixos favorecem investimentos em produção, enquanto que o dólar alto nos mantém competitivos como exportadores. Esta política econômica sólida junta-se a continuação dos efeitos de curto prazo para uma promissora análise de médio prazo.
Longo Prazo: O longo prazo é sempre mais conceitual, é a consolidação dos efeitos de curto e médio prazo. É pensarmos que existe muito mais pontos a favor do que contra a valorização da carne brasileira. Por isto, mesmo sabendo que ocorrerão momentos de desvalorização neste caminho, a tendência é de que tenhamos uma linha ascendente de valorização da carne brasileira.
Por fim, precisamos relacionar a carne da região sul do país neste contexto. A carne proveniente das genéticas taurinas, a carne da maciez e do marmoreio. A carne que já deveria ter se descolado da média CEPEA e não andar por debaixo dela. A Pecuária do sul do país tem sim uma ótima perspectiva de futuro! Ao olharmos, por exemplo para o RS, vamos notar o forte movimento de enormes carretas boiadeiras levando bovinos vivos não só para o porto como acontece também no restante do Brasil, mas para os mercados de SP e do centro-oeste para a produção de carnes com maior valor agregado. Acreditamos que este movimento, por si só, deve gerar valorização do nosso mercado pecuário regional considerando-se curto, médio e inclusive longo prazo.
Carolina Balbé de Oliveira de Souza
Revista PecuariaSul
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